domingo, 13 de fevereiro de 2011

em fim...

se quisesse explicar o que sou
não sei
se quisesse explicar o que sinto
não consigo
abomino a fragilidade
que rodeia a minha vida
que abana a estrutura
onde em pé fico em desequilíbrio
tenho os pés molhados
das poças que me inundam por dentro
a chuva abundante
fria e desagradável
encharca-me a alma
e eu não sei nadar
caio em mim
e desfaço-me em mil pedaços
que não encaixam como um puzzle
tenho medo do amanhã
dos círculos que o vento dá à minha volta
estou perdida
mais uma vez
sem me encontrar
sinto a força de murros
no meu estomâgo
o ardor de unhas cravadas
na minha pele
o cheiro das lágrimas
e o sabor do sangue
sinto, enfim
tudo menos aquilo que queria sentir...

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