terça-feira, 15 de março de 2011

não!

escrevo mesmo sem papel ou caneta
escrevo como respiro
e escrevo ao sabor de sentimentos
decoro palavras
que não me saem da cabeça
desde que entraste no meu coração
invento frases que nunca li
escrevo de dia
protegida pelo interior de um carro
onde me tranco
escrevo de noite
no escuro e no silêncio
assaltada pelo desejo de te ter
nem que seja em sonhos
e passam sons por mim
sons que não vejo
porque penso em ti
pessoas sem uma identidade definida
e sombras de várias cores
acorda-me a chuva
que bate suavemente na janela
como um sussurrar de palavras doces
aceito-a
sem medo de me molhar
de braços abertos
e com um sorriso
porque sei que não vais tardar a aparecer!

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