segunda-feira, 14 de março de 2011

animosidade

Em dias de chuva escolho-te a ti
Entre rostos de uma multidão que desconheço
E se ri para mim
Brilhas como o sol de inverno
E aqueces esta minha alma
Outrora fria e sem salvação
Encontro-te entre o aroma de velas que trago em mim
No meio da escuridão
Onde só tu me iluminas o caminho
Entre mares tumultuosos e navios naufragados

Não te quero inventar
Quero conhecer-te
E adivinhar-te
Dar-te a mão
Pegar na tua
Como se ela sempre tivesse sido minha
Quero que me pertenças numa noite sem sono
E que me devolvas um sorriso rasgado
Numa lágrima perdida

Não quero sentir a tua falta
Quero que me provoques
Com a maldade vã
Que se evapora
Entre as palavras que me segredas ao ouvido
Quero voar
Perder-te em gestos que te prendam a mim
E reencontrar-te num abraço apertado
Sentido

A tua beleza é uma hipérbole de emoções
Onde me inspiro
E escrevo estas palavras
Banais talvez
Ao lado do que sinto
Escrevo com o coração cansado
De bater por ti
De te procurar
No porto de abrigo que construí para nós

Sou indubitavelmente tua
A ti pertence-te
Uma ingenuidade mascarada
Com a alegria que me devolveste
Estes lábios que aguardam os teus
E um suspiro solto no ar
Entre promessas de uma vida inteira junto a ti…

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